Novo método exige conhecimento e menos chutes.
Se você é um desses alunos que depois de um tempo de prova começa a chutar tudo para acabar rápido, tome cuidado! Isso poderá prejudicar a sua nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O Ministério da Educação disse que será possível identificar se o aluno acertou a questão aleatoriamente na prova, e informou que para esses acertos “chutados” a nota será menor. O sistema antichute é uma característica da Teoria de Respostas ao Item (TRI), adotada no novo Enem.
A medida antichute é possível graças a um banco de dados com as respostas dos alunos que testam o Enem. Além de estabelecer padrões de respostas, o teste seleciona as questões da prova. Neste ano, a pré-prova será feita pelos estudantes do segundo ano do ensino médio e do primeiro ano da faculdade.
Com as respostas em mãos, é possível observar que, estatisticamente, quem erra as questões fáceis, não acerta as difíceis. E quem acerta as difíceis, não erra as fáceis. Assim, o segredo para ir bem na prova é ter um índice de acertos equilibrado.
Outra novidade deste ano é que o Enem atribuirá um peso a cada pergunta ou ao grupo delas. Dessa forma, o resultado será específico para cada tema (português, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Não haverá nota, mas sim uma pontuação em escala que definirá o grau de habilidades e conhecimentos do aluno.
Heliton Tavares, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (órgão do MEC responsável pelo Enem) disse que, provavelmente, essa escala varie de 100 a 500 pontos.
Sobre a divisão das questões, o diretor do Inep conta que é provável que o exame tenha 25% fáceis, 50% intermediárias e 25% difíceis. Sobre as perguntas fáceis, ele explica que são necessárias porque o Enem não será usado só como vestibular das universidades federais. Ele também avalia o conhecimento dos alunos que deixam o ensino médio.