Colégio Progressão trouxe o tenente Edson Henrique dos Santos para falar sobre drogas com os alunos do ensino médio de Taubaté.
Hoje na reserva da Polícia Militar e estudando o assunto há 23 anos, o tenente atua no Grupo de Apoio Reviver, que dá assistência aos dependentes químicos e a seus familiares. Edson também faz palestras em várias escolas, usando uma linguagem direcionada aos jovens. “Essa é uma forma de passar para eles a responsabilidade pela escolha que fizerem. Nós orientamos, mas quem escolhe são eles”.
O tenente salienta a necessidade de um envolvimento maior entre a família e os jovens, pois os pais levam em média de dois a três anos para descobrir que o filho tem contato com as drogas. “Se a família é a última a saber é porque está faltando diálogo e conversa entre pais e filhos, a droga chega para preencher esse espaço”.
Depois de viciado, o trabalho de recuperação do jovem é mais difícil. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que em cada 10 drogados que fazem tratamento, apenas três conseguem se recuperar. “Quando uma pessoa procura ajuda, ela o faz por intermédio de alguém, porque na maioria das vezes ela não se vê como uma viciada, mas sim como uma usuária”, conta o palestrante. No entanto, a fase de usuário é muito pequena, no crack, por exemplo, ela dura apenas uma semana, depois disso, o jovem já se torna um viciado.
No Grupo de Apoio Reviver os dependentes químicos e seus familiares participam de reuniões semanais, com depoimentos de ex-usuários e debates sobre o tema. Além disso, a entidade tem o apoio de duas psicólogas voluntárias e uma assistente social para fornecer uma ajuda profissional aos dependentes.