Os estudantes da USP (Universidade de São Paulo) decidiram na madrugada de ontem, em assembléia, entrar em greve, acirrando o quadro de paralisação na universidade.
O primeiro ato dos alunos foi participar do trancamento do portão principal de acesso ao campus, que fica na rua Alvarenga, no Butantã (zona oeste de São Paulo), promovido ontem, a partir das 5h, pelos funcionários da USP, em greve já há 20 dias. Os professores e funcionários pedem reajuste salarial de 16%.
O Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) afirma ter ultrapassado o percentual de gastos com folha de pagamento previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias e não oferece nenhum reajuste.
Com o trancamento do portão, as aulas foram prejudicadas e o trânsito na região ficou complicado pela manhã. O portão foi reaberto no início da tarde. Segundo a Polícia Militar, a manifestação reuniu cerca de 360 pessoas.
Alunos e funcionários disseram que, apesar de o ato ter sido pacífico, policiais tentaram impedir o fechamento do portão lançando gás de pimenta contra os manifestantes. A Secretaria da Segurança negou que o gás tenha sido usado.
A reitoria da universidade chamou de “irresponsável” a manifestação que impediu o acesso ao campus. “Esse ato de violência é inaceitável”, informou a reitoria em boletim divulgado ontem.
Fonte: Folha de S.Paulo