Astrônomos recriaram os sons do início do Universo, mostrando que ele não nasceu com uma explosão, mas com um quieto sussurro que se transformou em um rugido tedioso.
Mark Whittle, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, analisou a chamada radiação de fundo, que nasceu 400 mil anos depois do Big Bang. Ondulações na radiação são como ondas de som se propagando pelo cosmo. No primeiro milhão de anos, a música do cosmo mudou de um acorde vibrante para um mais sombrio.
Espectro audível
“Foi realmente uma coisa óbvia a fazer”, disse Whittle à BBC. “Estou surpreso que ninguém tenha feito isso antes.” Essas ondas de som cósmicas são 55 oitavas abaixo do que o ouvido humano pode ouvir.
Mas quando elas são transferidas para regiões do espectro audível, o choro do nascimento do universo pode ser ouvido. Um som comprime o primeiro milhão de anos do Universo em apenas cinco segundos. Whittle acredita que ouvir os sons do cosmos dá uma perspectiva única sobre a evolução do Universo.
“Eles aproximam o ouvinte de uma maneira diferente do que as imagens fazem”, disse Whittle. “Ouvindo esses sons eu tenho que dizer que o Universo é como um instrumento musical de má qualidade”, disse.
Clique aqui para ler a notícia no site da BBC e ouvir dois dos sons recapturados pelo cientista.
Fonte: BCC Brasil