A proposta já foi aprovada por 35 das 55 instituições federais de ensino superior, decisão sai no final do mês.
O ministro da educação Fernando Haddad anunciou nesta semana a mudança no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009, que terá 200 questões alternativas divididas em quatro grupos: linguagens (incluindo português, inglês e redação), matemática, ciências humanas e ciências da natureza. Os reitores das universidades federais devem decidir no final do mês se aceitam substituir o vestibular pela nova prova.
Apesar da aprovação de 35 das 55 instituições federais de ensino superior, os reitores divergem quanto ao ritmo de transição para o novo teste, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloísio Teixeira, espera que as alterações aconteçam ainda neste ano, já Alfredo Júlio Fernandes, reitor da Universidade Federal de Uberlândia, defende um prazo de 3 anos para a mudança definitiva.
De acordo com o modelo proposto, a hipótese é que o aluno poderá escolher, no máximo, 5 cursos para concorrer em até 5 universidades a sua escolha, após receber o resultado da prova do Enem.
A nota de corte dos cursos é determinada pela concorrência entre os candidatos, assim, se o estudante perceber que a nota de corte da instituição e/ou curso que escolheu está maior que a sua avaliação do Enem, ele poderá mudar sua opção até o penúltimo dia da data marcada para a divulgação do resultado.
O novo sistema de seleção dará mais oportunidade àqueles que não têm condições de se inscreverem em vários vestibulares, mas também exige do Estado uma ação mais consistente em relação à assistência estudantil, para garantir ao aluno carente, que esteja cursando faculdade em outra cidade, condições mínimas de transporte, moradia e alimentação.
Apesar de ser um passo para a evolução do ensino superior, a União Nacional dos Estudantes (Une) alerta, “a medida ainda está longe de solucionar as desigualdades sociais do atual sistema educacional”.